Meu coração num
Frigidaire
fica lá, quase imóvel
batendo minimamente
só para bombear o pouco sangue doce
que ainda corre nas veias finas e esquivas.
Se, num descuido, alguém desavisado
abrir o refrigerador
e se deparar com aquela sobremesa pulsante,
é capaz de meter a colher
e sair pé ante pé pela casa
com o
gelatto pingando...
Vai lamber o que escorreu
por entre seus dedos,
mãos, braços.
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