sábado, 30 de abril de 2011

Lista







Na minha infância, eu gostava de...

1. acampar
2. andar de bicicleta na rua
3. andar de trem
4. apostar corrida
5. assistir a peças de teatro
6. assistir aos desenhos de Hanna-Barbera, Peanuts, Disney e Walter Lantz
7. atividades manuais: cortar papel e colar, usar retalhos de tecido para costurar roupinhas para os bonecos, fazer correntinhas de crochê
8. balas “soft”
9. beijar e agradar meus professores
10. beijar, beijar... família, primos, amigos,... todos
11. brincar de bambolê
12. brincar entre meninos, geralmente de pega-pega ou esconde-esconde
13. brincar na enxurrada depois de um temporal de verão
14. caderno, canetinhas (aquelas pequeninas, floridas), lápis de cor, aquarela
15. cantar
16. comer bolinho de chuva e rosquinha de pinga na casa da Vó Isabel
17. comer doces
18. construir castelos e fazer bolos de areia
19. conversar com meus vizinhos, ir à casa deles
20. desenhar e pintar
21. escrever cartas para novos amigos
22. estar entre os adultos e participar de suas conversas
23. estojo com 36 lápis de cor da Faber Castel
24. fazer bolhas de sabão, com detergente, canudinho e caneca plástica
25. fazer pipas e soltar
26. inventar brincadeiras, solitárias ou com as outras crianças
27. ir à feira livre e comer pastel
28. ir para escola (não gostava de faltar)
29. jogar “queimada” na escola com bola de meia ou de borracha
30. jogar Atari
31. jogar baralho (pif-paf)
32. ler almanaques e gibis da Turma da Mônica
33. liderar as brincadeiras, nada de “café-com-leite”
34. mexer com terra e água
35. olhar para a lua e ter a impressão de estar sendo seguida por ela
36. olhar para as nuvens e imaginar coisas
37. olhar para o pôr-do-sol das tardes de outono
38. ouvir a chuva que caía no quintal
39. ouvir histórias, contadas pelos avós
40. ouvir música, as mesmas que meu pai ouvia
41. ouvir piadas
42. passear na casa de tios e primos
43. pular corda, sozinha ou em grupo, quando conseguia arranjar uma corda grande
44. receber a aprovação dos meus pais em forma de sorrisos, abraços e beijos
45. riscar amarelinha e pular, pular, pular
46. sentir cheiro de brinquedo novo
47. sentir cheiro de café na casa da Vó Maria
48. sentir o perfume da dama-da-noite
49. ver o carteiro chegar com uma carta para mim
50. viajar com meus pais, cantando durante toda a viagem
51. viajar de ônibus, em excursões

Muitos desses itens ainda eu gosto e faço!
Outros não acontecerão nunca mais, infelizmente...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Paixão

A Admiração é a Primeira de Todas as Paixões

Quando o primeiro contato com algum objeto nos surpreende e o consideramos novo ou muito diferente do que conhecíamos antes ou então do que supunhamos que ele devia ser, isso faz que o admiremos e fiquemos espantados com ele. E como tal coisa pode acontecer antes que saibamos de alguma forma se esse objeto nos é conveniente ou não, a admiração parece-me ser a primeira de todas as paixões. E ela não tem contrário, porque, se o objeto que se apresenta nada tiver em si que nos surpreenda, não somos emocionados por ele e consideramo-lo sem paixão.

René Descartes, in 'As Paixões da Alma'
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Se a filosofia cartesiana admite que admirar é estar apaixonado, quem sou eu para negar?
Essa é a minha ação-reação diante do que vejo, ouço, provo e sinto: admirando e me apaixonando todos os dias.
fabiana_granzotto disse em 21/03/08 22:40 …
E olha que ele nem era poeta!

Conheci René Descartes nas aulas de Matemática Analítica e Filosofia Empirista, lendo "O Discurso do Método"...

Gosto da maneira científica, da "clareza cartesiana" como descreve as paixões, embora seja muito criticada pelos filósofos que o sucedeu pela sua limitação (em "O Ponto de Mutação", Fritjof Capra abomina a concepção mecanicista sobre o pensamento científico ocidental contemporâneo).

Não há pecado algum em querer explicar com precisão geométrica até mesmo os sentimentos e ações-reações humanas. Busco verdades absolutas também. Admito fazer minhas deduções e ter intuições. E nem por isso mereço a fogueira da Inquisição.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Daqui trinta anos


Quando eu ficar mais velha,
Meus cabelos branquearem,
Muitos anos adiante...
Você ainda irá me mandar presentes no dia dos namorados,
Saudações no aniversário,
Garrafa de vinho?
Se eu estiver fora até quinze pras três
Irá trancar a porta?
Você ainda irá precisar de mim,
Ainda irá me alimentar
Quando eu estiver com sessenta e quatro?
Você estará mais velho também
E se você disser 'a palavra'
Eu poderia ficar com você.
Eu posso ser útil,
tricotando um suéter
Perto da lareira
Você poderia trocar as lâmpadas
Quando elas queimarem
Nas manhãs de domingo iremos dar uma volta
Cuidando do jardim, tirando a erva daninha
Quem poderia pedir por mais?
Todo verão poderíamos alugar uma cabana
No Litoral Norte,
Se não for caro demais, querido
Iríamos pechinchar e economizar
Netos no joelho
Vera, João e Davi.
Mande-me um cartão postal,
Mande-me um telegrafama ou e-mail
Informando seu ponto de vista
Indique precisamente o que quer dizer
Estás sinceramente, se desperdiçando
Dê-me uma resposta,
Faça um comentário neste blog
Meu para todo o sempre!

Você ainda irá precisar de mim,
Ainda irá me alimentar
Quando eu estiver com sessenta e quatro?
(inspiração de When I'm sixty-four, de Lennon&McCartney)




quinta-feira, 7 de abril de 2011

Who is the girl?

Esta é Elizabeth Taylor. Mas já foi Cleópatra, gata em teto de zinco, megera indomada. Protagonizou escândalos, excessos, paixões reais. Morreu no último dia 23, aos 79 anos... E ainda tem quem pense que ela mora no ABC e quer ouvir Beatles com alguém!

Milágrimas


http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=SUP2nEM6yYQ


"A cada mil lágrimas sai um milagre..."


Soa feito mantra mesmo!


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Viagem interna

Prepare-se para viver a mais solitária das solidões. Ver além do que se vê numa perspectiva maravilhada. Ir para dentro de si. Para dentro do outro. O outro é uma convocação imediata, um pedido de socorro. O outro que eu deixei para trás é o pedido de socorro que eu abandonei. Todas as diferenças estão aqui e elas me revelam. Materialismo fascinante é participar da Substância.