segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cartografia e Anamorfismo


É evidente que a linguagem cartográfica comunica e imprime uma visão de mundo. Para interpretá-la, é preciso saber sua gramática: que nenhuma projeção é a representação correta do mundo ou que há em alguma neutralidade, que as escalas e fundo do mapa também são critérios relacionados à análise de determinados eventos ou fenômenos sobre a superfície terrestre, bem como a utilização de cores, figuras, símbolos e expressões escritas para apontar diversos dados sobre um mapa.
Avalio com cautela o trabalho envolvendo a utilização de mapas anamórficos em sala de aula, pois ele depende do objetivo que se quer atingir na finalização. A seleção de material cartográfico para o trabalho com alunos deve responder, como já questionara Jacques Bertin sobre o que vem a ser um bom mapa, a essas dúvidas: "O que há no lugar mapeado? Que geografia tem determinado atributo?" Avalio positivamente a possibilidade de se trabalhar com mapas de boa qualidade e que os mesmos sejam acessíveis a todos os alunos.


Fabiana Paino Granzotto, para "A Rede aprende com a Rede", sobre o uso de mapas anamórficos em sala de aula, em 09/12/2008.