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Grande parte das paisagens naturais do planeta recebe, de alguma forma, a interferência humana. Consequentemente, os ecossistemas e biomas também são atingidos por tal interferência. Há implicações significantes para as populações humanas que se interagem nesses ecossistemas e biomas atingidos.
A tundra é o bioma que ocupa aproximadamente um quinto da superfície terrestre e aparece em regiões como o Norte do Alasca e do Canadá, Groenlândia, Noruega, Suécia, Finlândia e Sibéria. É caracterizado por uma vegetação de pequeno porte (líquens e espécies arbóreas de ciclos extremamente curtos e seca fisiológica), um solo permanentemente congelado (permafrost), uma fauna composta por animais homeotérmicos e migrantes (da taiga, durante o curto verão) e clima polar, com duas estações definidas - inverno e verão.
Com o aquecimento global proveniente da ação antrópica, a tundra sofre alterações: temperaturas elevadas, degelo superficial e rompimento do permafrost, desequilíbrio nas cadeias produtivas e nos ciclos biológicos. Essas alterações afetam as populações humanas que ocupam as áreas de tundra:
· Suas construções e edificações estão condenadas devido ao rompimento do solo;
· As indústrias minerais e a geração de energia estão comprometidas pela dificuldade na exploração de recursos;
· A liberação de dióxido de carbono e metano para a atmosfera leva às mudanças na temperatura e aos padrões de precipitação de chuvas na Europa e na América do Norte, atingindo a agricultura e recursos hídricos;
· Há mudanças comportamentais e adaptações para a sobrevivência dessas populações humanas na tundra.
Hoje este tema está na pauta das discussões internacionais por configurar não só um problemas dos grupos humanos que ocupam a tundra, mas sim de todas as populações humanas, no sentido de buscar soluções para minimizar os efeitos devastadores oriundos do aquecimento global.
Fabiana Paino Granzotto.
03/10/2009.
Para a disciplina "Ecologia e Conservação Ambiental",
curso de Pós-Graduação em EA e Sustentabilidade.
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